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domingo, 8 de junho de 2014

CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DO STF

CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DO STF
(Escrita em 8 de junho de 2014)

Caríssimo Ministro Joaquim Barbosa – sei que deveria, pelo cargo que ocupa, chamá-lo de excelentíssimo, mas, como brasileiro, sinto que o Senhor é mais “caro ao peito e à mente”, que o seja à excelência do cargo.
Inimagináveis estão sendo suas dificuldades e compreensiva sua decisão de deixar o cargo. Devem existir milhares de razões para isto e, com certeza, meditou sobre cada uma delas antes de tomar tal atitude.
Foi árdua a luta na Ação 470. O famoso Mensalão lhe proporcionou um descomunal desgaste. As ofertas, sinalizadas pela mídia e pelo clamor do povo para que assumisse um cargo político, foram tentadoras, mas, o Senhor não se deixou encantar pelo “canto da Sereia”.
O Senhor deve estar se sentindo como “Uma voz que clama no deserto” e isto, me faz lembrar outro grande jurista brasileiro, outro Barbosa, o Ruy, que há muitos anos atrás declarou, talvez, desiludido tanto quanto o Senhor: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.
Mas, o Brasil precisa do Senhor como Presidente, não da República, mas, do STF.
E o STF também precisa de sua perseverança, de sua coragem, de seu discernimento e de seus arrazoados jurídicos. Se o Senhor está desiludido com os últimos acontecimentos, imagine como ficarão aqueles outros Ministros que seguiram seu voto por concordarem que, do mesmo jeito que os advogados dos poderosos, buscam e acham brechas na lei para absolvê-los, devem-se achar brechas na lei para poder condená-los.
Esses Ministros, companheiros seus, continuarão lá, sem a sua presença marcante, sem seu apoio direto para que as coisas mudem na Justiça Brasileira.
Será que teremos de esperar mais uns cem anos por outro Barbosa, seja ele Ruy, Joaquim, Maria ou outro nome qualquer? Por isto, eu peço em nome do POVO BRASILEIRO, reflita e repita a frase que, tenho certeza, ecoou e ecoará novamente como uma chama de esperança no coração de cada um dos brasileiros, pois, já está na hora de se fazer ouvir novamente a frase dita no dia 09 de janeiro de 1822, por Dom Pedro I, então Príncipe Regente: SE É PARA O BEM DO POVO E FELICIDADE GERAL DA NAÇÃO, DIGA AO POVO QUE FICO”.


José Ricardo Guimarães
Bancário Aposentado
Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade de Ciências Contábeis de Ponte Nova-MG
Bacharel em Direito pela Faculdade DOCTUM de Juiz de Fora-MG

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